Brazilian Bands

World Bands

domingo, 26 de fevereiro de 2017

Bloodbound


Local: Bollnäs, Suécia
Gênero: Power Metal
Formação:  Patrik Johansson (Vocal), Tomas Olsson (Guitars), Fredrik Bergh (Keyboards), Henrik Olsson (Guitars), Anders Broman (Bass)
Período: 2004 - Atual






quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Crystal Viper


Local: Katowice, Poland
Gênero: Heavy Metal
Formação: Marta Gabriel (Vocals, Guitars, Piano), Andy Wave (Guitars), Golem (Drums), Blaze J. Grygiel (Bass)
Período: 2003 – Present








terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Liar Symphony


Local: Guarulhos, São Paulo; Brasil
Gênero: Heavy Metal / Power Metal
Formação: Pedro Esteves (Guitars), Nuno Monteiro (Vocals), Marcos Brandão (Bass), Anderson Alarça (Drums), Alecio Rodrigues (Keyboards)
Período: 1993 - 2010, 2014 - Present








sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Gruesome


Local: California/Miami/Florida; EUA
Gênero: Death Metal
Formação: Matt Harvey (Vocal/Guitars), Robin Mazen (Bass), Gus Rios (Drums), Daniel Gonzalez (Vocals)
Período: 2014 - Atual



Fragments of Psyche (EP) (2017)
COMING SOON...

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Kamelot - Epica & The Black Halo Part. II


Dois anos após o sucesso de Epica, o Kamelot retorna ao estúdio para gravar a continuação da saga de Ariel e colocar fim a história com um dos discos mais aclamados de sua carreira.
“The Black Halo” gira em torno da batalha entre o bem e o mal, vida e morte. Ariel é motivado a deixar tudo para trás em sua busca pela verdade definitiva. Ele viaja ao outro lado do mundo mas logo se afunda no abismo das drogas. No seu desespero por causa de um amor perdido, ele apela para o diabo, que aparece na forma de uma linda mulher. Ele cai pelos encantos do Diabo, e faz um pacto com ele: Ariel pode ter todas as suas necessidades ou desejos carnais atendidos durante sua busca, mas se ele chegar a um ponto onde se der por satisfeito, o Diabo terá sua alma. Juntos eles partem em uma fantástica expedição.

1. March Of Mephisto
No momento de fraqueza de Ariel, Mephisto influencia a vontade do alquimista até seu ponto mais alto. Ele encontra Marguerite, uma linda garota da cidade. Ela parece e soa como Helena. Em uma tentativa de consolar Ariel, Mephisto a entrega a ele, abrindo o caminho para sua sedução. Seu controle e poder sobre Ariel são representados musicalmente pelas cordas do baixo e guturais (próprios do gênero death). Ele convence Ariel a seguir por este modo de ação. Assim, como Ariel seduz o corpo de Marguerite, Mephisto seduz a mente de Ariel.

2. When The Lights Are Down
Ambas seduções estão completas. Mephisto ganha o controle sobre a vontade de Ariel, e o ilusório desejo ardente por Marguerite está consumado. Os dois dormem juntos. Mais tarde, a mente de Ariel emerge da força de Mephisto e ele se dá conta com quem ele dormiu. Ele tem saudade de Helena e assim que sua mente começa a se recuperar, lembra de sua morte e dos eventos que conduziram a isto.

3. The Haunting (Somewhere In Time)
Ariel se explica a Marguerite o melhor que pode. Ele explica que a viu como uma mera sombra de sua amada morta, que quaisquer sentimentos que ele tem por ela são mera fachada de seu amor por Helena, e que ele nunca poderá amá-la da maneira que ela o ama. Em um trágico e comovente dueto, ele insiste a ela para deixá-lo e esquecê-lo. Mas ele diz que, talvez, eles possam um dia reunir-se. Com isso, ele parte, para nunca vê-la novamente.

4. Soul Society
Mais uma vez adentramos na mente perturbada de Ariel. Ele lamenta as calamidades com as quais a humanidade é escravizada. Ele tem curiosidade de saber como o mal e o azar vieram como resultado de suas boas intenções em encontrar a verdade suprema. Ele comenta a respeito da insignificância da vida humana. Sobretudo, ele deseja que a humanidade pudesse viver em um livre e perfeito mundo, mas sabe que isto nunca acontecerá. E mais uma vez, ele é atormentado por seu papel na morte de Helena e da criança não-nascida.

5. Interlude I: Dei Gratia
Este interlúdio marca a compreensão de Ariel de que ele nunca poderá encontrar as grandes respostas do universo, e que a verdade suprema deve encontrar-se sozinha no Paraíso.

6. Abandoned
Com isso, Ariel é golpeado por uma repentina constatação: Por causa dos pecados que cometeu e da promessa indissolúvel que fez a Mephisto, ele rompe qualquer possibilidade de conexão com o divino. Ele nunca poderá entrar no Paraíso, ver Helena novamente e encontrar a verdade suprema. Pela primeira vez, ele percebe que está verdadeiramente sozinho. Musicalmente, começa como uma leve balada, gradualmente estabelecendo uma “balada power” (com mais força). Perdido e confuso, ele grita em desespero a Deus. Confuso, deixa Mephisto, perambula pela Cidade e atravessa o ainda congelado rio.

7. This Pain
Em sua mente, Ariel olha para trás em sua jornada. Ele reflete sobre ter abandonado Helena e sua morte como resultado, e seu abandono de Marguerite. Ele desamparou as duas mulheres que o amaram. Ele percebe que ele é a causa deste sofrimento e dor e que nunca será livre das consequências de suas ações.

8. Moonlight
Ariel decide que possivelmente não poderá arrepender-se de tudo o que que fez, e que mesmo que pudesse, mero arrependimento não seria o suficiente. Isto o tira de seu devaneio e o põe em ação. Partindo sob a luz do luar, ele navega de volta pelo agora derretido rio, à procura de Mephisto. Atravessado (o rio), ele aproxima-se do castelo do demônio.

9. Interlude II: Um Assassinio Molto Silenciozo
Parado do lado de fora do castelo, Ariel olha para a lua cheia, imaginando se algo além da morte e condenação encontra-se em seu futuro.

10. The Black Halo
Um desfiador Ariel renuncia a si mesmo pela morte. Ele denuncia Mephisto como um mentiroso e traidor, e o desafia. Ele não mais teme a eterna escuridão que inevitavelmente aguarda. Ele decide viver uma vida de pureza e bondade assim como Helena, mesmo sabendo que é tarde para ele escapar da condenação. Ele abraça a justiça, não por alguma recompensa – não há esperança para isto – mas simplesmente para ser justo.

11. Nothing Ever Dies
Ariel reflete que cada humano, durante toda sua história, luta com as mesmas questões sobre certo e errado, amor e luxúria, justiça e pecado, fé e doutrina. Em um repentino momento de clareza, ele chega a uma profunda constatação: Amor, incluindo o amor entre Helena e ele mesmo, é a única verdade universal. Nesta revelação, ele percebe que ele não somente soube desta verdade durante este tempo, mas que, em parte ele a criou.

12. Memento Mori
Esta constatação faz com que Ariel entre em um momento de supremo contentamento, colocando seu negócio com Mephisto em ação. Musicalmente, começa quase como uma balada, mas rapidamente cresce em velocidade e intensidade. Neste momento, enquanto a alma de Ariel deixa seu corpo, tudo começa a se acertar dentro de sua mente. Ele entende finalmente que, mesmo encontrando esta verdade universal do amor, ele nunca poderia estar verdadeiramente satisfeito neste mundo. Que a morte vem para cada um. Que nenhum humano é simplesmente bom ou mau. Que sozinho ele é o mestre de seu destino, e que cria o sentido de sua própria vida. Que cada um tem suas próprias crenças, e que ninguém é infalivelmente correto. Com esta final revelação existencial, sob a promessa indissolúvel de Mephisto, a alma de Ariel parte. Mas ela não vai para as garras de Mephisto. Tendo rejeitado o mal mesmo diante da certa condenação, Ariel, além de toda esperança, redimi-se finalmente. Sua alma é salva, e sobe ao Paraíso para se juntar à Helena. Mephisto, com sua aposta divina perdida, é lançado para sempre no Inferno. Musicalmente, isto é mostrado através de seus longos grunhidos e gritos de lamento. A canção retorna à balada a qual a começou. Aqui a história de Ariel propriamente termina. Mas há um pouco a mais para o conto.

13. Interlude III: Midnight – Twelve Tolls For A New Day
Em uma inversão do “Prólogo no Teatro” de Fausto, de Goethe, nós vemos que este conto é de fato uma peça em cartaz no festival de New York na cidade de Gatesville.

14. Serenade
Um enriquecedor - em passo médio e veloz – tributo à comédia e à tragédia, vida e morte, alegria e sofrimento. A mensagem absoluta de renovação é dada no penúltimo verso: “O que o inverno traz, senão uma outra primavera?


Kamelot - Epica & The Black Halo Part. I


“Epica” é o primeiro álbum conceitual feito pelo Kamelot. A concepção do disco foi focada totalmente na historia, tanto que a maioria das letras foram escritas antes das músicas e a história rendeu dois discos, este intitulado "Epica" de 2003 e "The Black Halo" 2005.
A história segue em direção a uma jornada épica (como o título diz) ao próprio universo, mente, sonhos e alma. É aonde todas as questões sem explicação sobre a vida são respondidas.

Os personagens principais são:
Ariel: Um homem que busca respostas, que procura equilíbrio e verdade. Ariel não está satisfeito com as respostas dadas pela religião e ciência. Ele queima todas as pontes e sai em uma jornada em busca do equilíbrio que ele não encontra em sua vida; a verdade absoluta que cerca a vida.

Helena: ela é a única garota que Ariel amou realmente. Eles se separaram por anos quando finalmente se reencontraram após um encontro no castelo de Mephisto. Em Epica ela representa inocência e tudo o que é bom.

Mephisto: A personificação do diabo. Mephisto, que aparece em diferentes máscaras e disfarces. Ele nunca é exatamente o que se espera de um demônio, aparentemente racional e sofisticado, sempre tentador e sedutor. Mephisto representa a fraqueza de todas as ambições humanas.

Kamelot - Epica

1. Prologue
Esta é a introdução para o álbum onde o ouvinte é colocado em uma seqüência de sonhos. Aqui começa a atmosfera, mas também é uma referência ao "Prologue in Heaven", no conto Fausto, o qual inspirou o CD.

 
2. Center of the Universe
Esta canção é uma extensão da faixa Prologue, e leva o ouvinte ao seu próprio universo, dentro de sua mente, onde todas as questões são possivelmente respondidas. Perto também do fim da canção, Ariel parece comunicar que ele está prestes a deixar o que pode ser chamado de adeus "(Farewell)". Esta é a primeira canção no álbum, mas foi a última canção terminada para o Epica.

 
3. Farewell
A jornada começa; em Farewell, Ariel ultrapassa fronteiras e deixa tudo o que conhece para trás. Ele não pode encontrar as respostas que procura na ciência, nem na religião, e quer explorar o mundo como ele é. Ele parece procurar a satisfação de ter tentado fazer coisas de seu próprio jeito, mesmo que isso faça-o parecer insano. (Esta canção foi feita numa noite chuvosa, na Florida, em 2001)

 
4. Interlude I (Opiate Soul)
Esta faixa tenta descrever a escuridão e o desespero que uma pessoa pode sentir quando está em condição humana.

 
5. Edge of Paradise
Ariel está no limite. Ele confronta com o mundo que encontrou, árduo. Em países longínquos, ele experimenta de diferentes formas a busca por felicidade e paz, mas lentamente perde sua força na vida. No entanto, em seu fio de sanidade é óbvio que ele aprende algo sobre as duas faces da sociedade, suas luzes e trevas. Kamelot escolheu mixar sonoridades Árabes e Canto Gregoriano para retratar as tentações, prazeres e perigos da fuga da realidade.

6. Wander
Eu seu desespero, Ariel procura voltar ao tempo em que o amor e a juventude o carregavam para um mundo de promessas. Ele entende que esses sonhos são apenas anseios sentimentais. A vida não tem mais um sentido para ele, e ele sente que deve desistir do que realmente precisou. Uma parte dele regressa profundamente em uma espécie de lamento.

7. Interlude II (Omen)
Neste ponto Ariel está determinado a tirar sua própria vida. A melodia é uma referência à morte de Helena que vem em seguida, no álbum.

8. Descent of the Archangel
Em sua melancolia, Ariel vê Mephisto numa noite de pálido luar. Ariel sente-se surpreso de ver que o Diabo não era como ele imaginava. Em um disfarce de linda mulher, Mephisto educadamente explica a Ariel o que ele pode lhe dar. (Luca Turilli, da banda Rhapsody, toca a primeira metade do solo de guitarra nesta canção.)

9. Interlude III (At the Banquet)
Muitas pessoas juntaram-se ao castelo de Mephisto, onde Ariel foi convidado a entrar. Ele chega um pouco tarde.

10. A Feast for the Vain

Na grande festa Ariel faz amizade com todos. Mulheres, bebidas e comidas, Mephisto cobre qualquer desejo carnal. Cego pela opulência, Ariel se convence que esta é a felicidade que ele tanto procurou. No fim da canção Ariel assina um pacto que será fatal.

11. On the Coldest Winter Night

Depois da festa, Ariel repentinamente encontra Helena, a garota de sua juventude. Eles compartilham um breve, mas intenso momento juntos. (Essa música tem uma forte referência ao frio - em contrário a "Wander" que se refere ao verão - e simbolicamente descreve a mudança de Ariel após seu encontro com Mephisto.)

12. Lost & Damned
Helena chega a Ariel para dizer-lhe que está grávida, mas sem sucesso. Ariel está convencido que o pacto que ele fez com Mephisto causará a ela muita dor e sofrimento. Para romper a relação ele é extremamente frio; ele diz a ela decididamente para esquecer tudo sobre ele e parte. (A linha em tango nesta canção descreve a tensão entre Helena e Ariel. Fabricio Alejandro toca o bandoneon.)

13. Helena’s Theme
Desesperada, Helena se mata afogada em um rio.
(Mari, é a cantora convidada para fazer Helena. Nesta canção ela é acompanhada pela Orquestra Sinfônica de Rodenberg.)

14. Interlude IV (Dawn)
A cidade chora ao ler as notícias sobre a morte de Helena.

 
15. The Mourning After
Ariel ouve sobre Helena ter se suicidado, e sobre a conseqüente morte de seu filho ainda não nascido. Ele sofre profundamente, mas espera poder encontrá-los novamente do outro lado.

 
16. III Ways to Epica
Esta canção finaliza a primeira parte do conceito. Resume o álbum com Mephisto claramente representando o demônio e o cinismo, e Helena retorna como um anjo, representando a bondade. Ariel ainda está em sua jornada, procurando por equilíbrio e verdade.

Ouça o disco: Kamelot - Epica

Dream Theater - Metropolis Part 2: Scenes From A Memory


 

Dando sequência com algumas curiosidades e histórias de discos, agora é a vez de embarcarmos em um dos grandes marcos do metal progressivo, o clássico "Metropolis Part 2 – Scenes From A Memory" do Dream Theater.
Boa leitura!!
 
Nicholas: O personagem principal da história, que se torna obcecado pelos seus sonhos/sua memória.
The Hypnotherapist: O médico que auxilia Nicholas em suas sessões de regressão.
Victoria Page: A garota que aparece nos “sonhos” de Nicholas. É chamada na história pela alcunha de “Metropolis/Love”
Sen. Edward Baynes: Irmão de Julian, chamado de “The Miracle”
Julian Baynes: Namorado de Victoria, considerado como “The Sleeper

ATO I

01) Scene One: Regression
A história começa com Nicholas se submetendo a uma sessão de terapia e hipnose. Em seu transe, Nicholas encontra a garota chamada Victoria.

02) Scene Two Part I: Overture 1928
Completamente hipnotizado, Nicholas começa a focar no principal objetivo de sua regressão: tentar saber mais sobre a vida de Victoria, que se assemelha assustadoramente com a dele. Essa é a idéia principal, visto que é uma passagem instrumental.

03) Scene Two Part II: Strange Déjà-Vu
Nesse ponto, Nicholas explica o motive de ter procurado essa terapia: Toda vez que ele fecha os olhos, é como se fosse transportado para uma outra realidade ou vendo os sonhos de outra pessoa, inacreditavelmente reais, mas que ele não consegue entender por completo. Nesse sonho, pode ser visto: primeiro um caminho que chega até uma casa. No andar de cima desta casa, há um quarto com uma garota dentro, que ele consegue ver no espelho. No estado de transe, Nicholas consegue ver e ouvir claramente todos os detalhes, sendo assim, ele questiona Victoria sobre o que há de errado e qual o motivo de ela estar tão presente assim na vida dele. Ela revela então, que está tentando arrumar uma forma de contar para ele a história por trás de seu assassinato, a sua traição e, de alguma forma, qual a relação que eles têm. Nicholas então acorda e de volta para a sua vida real, continua pensando na história de Victoria, encontrando relações inclusive com a sua realidade. Nesse ponto, começa a sua obsessão doentia, que aumentará no decorrer do álbum, já que, por alguma razão, ele concluí que a história de Victoria é a sua própria história, ou de sua alma, e só conseguirá descansar em paz quando o mistério do assassinato estiver resolvido.

04) Scene Three Part I: Through My Words
Esse é o momento em que Nicholas realmente percebe que Victoria é uma vida passada sua, e talvez por isso eles compartilhem da mesma dor.

05) Scene Three Part II: Fatal Tragedy
A nova obsessão dele é descobrir o motivo de Victoria estar tão triste (ou pelo menos, o fragmento da alma que eles estão conectados). Dessa forma, acaba conhecendo um homem retratado apenas como “The Old Man”, e nenhuma informação adicional é fornecida sobre ele, além de que sabe um pouco sobre um certo assassinato que ocorreu na época de Victoria. Depois de ouvir a história do velho, ele descobre que a garota assassinada era a própria Victoria, o que aumenta ainda mais a sua vontade de resolver o mistério. Então ele volta para mais uma terapia de psicanálise…

06) Scene Four: Beyond This Life
Nessa hora, podem ser observados fragmentos de um jornal da época, que nos esclarece alguns pontos sobre o assassinato: uma testemunha anônima ouve um disparo e encontra uma garota baleada e um homem armado próximo a ela. A testemunha alega que logo em seguida, o homem se suicida. O jornal traz ainda que os dois mortos haviam tido um bom relacionamento em outros tempos, mas por causa de um provável vício em bebidas/drogas/jogos, o relacionamento subitamente havia terminado, com conseqüências graves para ambos. Um fator interessante (para eles e para nós), é que puderam ser identificados na cena do crime um canivete, marcas de que houve alguma briga e uma nota de suicídio no bolso do homem que morreu.

E é aí que a história começa a se embaralhar: o canivete não faria sentido, ainda mais se considerarmos que pudesse estar sendo carregado por uma garota; a nota de suicídio dizia apenas que não faria sentido viver sem o seu amor, porém, em nenhum momento se fala sobre matar Victoria.
Nicholas chega a conclusão que a alma da pessoa carrega consigo as lembranças de cada vida, a personalidade e as experiências.

07) Scene Five: Through Her Eyes
Novamente desperto, Nicholas começa a se sentir cada vez mais pesaroso por Victoria, pois entende que o que aconteceu com ela, de alguma forma aconteceu com ele também, e resolve visitar o túmulo da garota. Ao encontrá-lo, Nicholas sente-se como se tivesse sido arrebatado por uma tristeza profunda, pois vê a sua antiga encarnação como uma vítima doce e inocente, de um crime brutal.

ATO II

08) Scene Six: Home
Nesse momento, muito do que realmente aconteceu em 1928 é explicado…
Julian, até então era o namorado de Victoria, mas, devido ao seu possível vício em cocaína/drogas/álcool/jogos, ela acaba o abandonando e buscando conforto com Edward. O irmão de Julian inesperadamente começa a se apaixonar por ela, enquanto o outro se afunda cada vez mais em seus vícios e depressão. A primeiro momento, Edward se sente culpado por trair seu próprio irmão, mas logo a sua obsessão pela garota assume aspectos controladores e violentos… (os sons de uma mulher gemendo e uma máquina de jogo representam a situação em que os personagens se encontravam).
De volta ao presente, Nicholas acha que a chave para resolver esse mistério está em suas sessões de psicanálise.

09) Scene Seven Part I: The Dance Of Eternity
Como dito em Metropolis Pt 1, esse momento representa a união entre Victoria e Edward, onde a dança está ligada aos movimentos da relação sexual e a eternidade por causa da memória que permanece até hoje.

10) Scene Seven Part II: One Last Time
Em uma nova regressão induzida por hipnose, Nicholas está definitivamente convencido de que tem algo mais na história do que os jornais revelaram, então ele aumenta ainda mais a sua obsessão atrás de novas pistas, e é nesse estado de transe que ele visualiza o momento em que Victoria termina o relacionamento com Edward.
Já desperto, ele vai até a casa onde viveu Edward, em busca de algum indício e lá tem um certo pressentimento sobre o que realmente pode ter acontecido…

11) Scene Eight: The Spirit Carries On
Na última sessão de regressão, Nicholas está certo que Edward deve estar envolvido com o assassinato de 70 anos atrás, e quer ir até o fundo para solucionar o mistério de uma vez por todas. Ao mesmo tempo, Nicholas tem uma visão de Victoria, avisando-o de que está tudo acabado, agora que ele sabe a verdade, deve continuar vivendo e seguir em frente, mas sem esquecer ela, já que a morte não é o fim (seria essa a mensagem do álbum?).

12) Scene Nine: Finally Free
No momento da revelação sobre o que realmente aconteceu, o psicanalista traz Nicholas de volta a realidade bruscamente, e não fica muito claro se ele chegou a ver ou não o que vem a seguir…
Em 1928, Victoria e Julian resolvem se encontrar para tentar uma reconciliação. Victoria está totalmente decidida que, apesar dos problemas, Julian é o seu grande amor e ela está disposta a ficar com ele, obviamente, escondendo o fato de que já se envolveu com Edward. Durante o encontro, Edward aparece e agride Julian, que derruba uma garrafa durante a briga (indício do seu alcoolismo) e saca um canivete para se defender. O seu irmão então, dá-lhe um tiro.
Victoria grita com a morte de seu amado e não consegue aceitar o fato. Em sua frieza, Edward diz “Abra seus olhos, Victoria”, e em seguida atira nela também. Para montar o cenário do crime, escreve uma nota de suicídio, coloca no bolso do corpo de Julian e foge, para depois agir como uma testemunha anônima do crime.
De volta ao presente, Nicholas reflete sobre como está tranqüilo agora que o fragmento de Victoria pode descansar, e como a sua própria vida continuará mesmo após a sua morte. Já na sua casa, Nicholas começa a ouvir uma música e tomar alguma coisa, até que um carro chega. O psicanalista diz “Abra seus olhos, Nicholas”, e com um som estático o álbum termina, deixando algumas questões no ar…
Posteriormente, foi revelado que o psicanalista de Nicholas não é nada mais que a reencarnação do próprio Edward e, ao matar Nicholas/Victoria, fechou o ciclo novamente, sem que a verdade fosse revelada.
É uma história realmente trágica, e contando assim parece até mesmo um quanto confusa, mas é bem interessante (ainda mais para quem gosta de assuntos como esse, reencarnação e tal) e ao mesmo tempo profundamente triste.


Ouça o disco: Dream Theater - Metropolis Part 2: Scenes From A Memory

Fonte: ProgCast

King Diamond - The Eye



The Eye é um clássico disco conceitual do King Diamond. Em sua carreira solo, o vocalista deixou de lado o satanismo que era o tema principal de sua ex-banda, o Mercyful Fate, para se dedicar a contar histórias de terror. Apenas dois de todos seus discos solo não são totalmente conceituais, a saber, Fatal Portrait (1996) e The Spider’s Lullabye (1995). Porém, mesmo esses álbuns ainda possuem algumas músicas ligadas entre si.

A história de The Eye gira em torno de um colar conhecido como “O Olho da Bruxa”, ou simplesmente “O Olho”. Esse objeto tem poderes que permitem mostrar o passado para quem o usa e também causar a morte de quem o olhar diretamente. O álbum abre com “The Eye of the Witch” que apresenta ao ouvinte o colar e suas características. A canção foi o único single lançado do disco.
Depois disso temos “The Trial (Chambre Ardente)”, que conta o julgamento de Jeanne Dibasson, uma suposta bruxa. O tribunal é comandado por Nicholas de La Reymie, chefe da Chambre Ardente, ou Câmara Ardente, que nada mais é que o órgão da Inquisição Francesa. A música na verdade é um diálogo entre o investigador e a mulher. O clima da canção, com seu riff pesado e arrastado, combina perfeitamente com o diálogo e os eventos que ocorriam realmente nesse tipo de caso de suspeita de bruxaria. No álbum todos os nomes dos personagens que são apresentados são descritos como reais, como mostra o texto, traduzido, abaixo:


“As partes principais das histórias narradas
neste álbum são, infelizmente, verdadeiras
e ocorreram durante a inquisição francesa,
entre 1450 e 1670. Todos os personagens seguintes
são reais e pertencentes àquela época.”


Como todos sabem, esses julgamentos na época praticamente tinham um fim certo, a execução da bruxa. É o que descreve a música seguinte. Com seu sugestivo título, “Burn”, conhecemos então o destino de Jeanne Dibasson, o mesmo destino de diversas pessoas durante o período de inquisição na Europa. Uma particularidade da Inquisição Francesa é que, diferentemente da Espanhola e da Portuguesa, quem fazia a investigação eram juízes de direito. Depois de julgada, aí sim a pessoa era passada para a igreja, a fim de receber sua punição. Mas é claro que isso era apenas uma mera formalidade.

“Two Little Girls” faz a conexão entre a história de Jeanne Dibasson com a parte restante do disco. Teclados sinistros acompanham a voz de King Diamond ao narrar a cena de duas meninas que estão brincando em um local onde as bruxas eram queimadas, quando encontram um colar no meio das cinzas. As duas garotas brigam pela posse dele e uma delas, ao olhar fixamente para o objeto, morre. Não há referências a isso, mas é coerente pensar que a garota que ficou com o colar é Madeleine Bavent, personagem central da segunda parte da história, que acontece em um convento em Louviers, que fica no norte da França. A segunda parte da história inicia-se com “Into the Convent” (não confundir com “Into the Coven”, clássico do Mercyful Fate) que conta a história da freira, Madeleine, que era forçada pelo padre Pierre David, capelão do convento, a participar nua de um ritual chamado por ele de “comunhão”. Em um dos dias do ritual ela resolve colocar o colar e padre David morre ao olhar para ele. “Into the Convent” é musicalmente uma das melhores do álbum, destaque para os guitarristas, que detonam nessa música.

O convento não pode ficar sem um capelão, então padre Mathurin Picard (ou “Father Picard”, nome da faixa) é o novo encarregado. Rapidamente ele escolhe quatro freiras que vão participar com ele de uma “comunhão” (sim, novamente a tal comunhão). Mas as freiras começam a ser controladas por padre Picard por meio de um pó branco que ele adiciona no vinho que elas ingerem durante o ritual, deixando-as sem lembranças e sem vontade própria. Na próxima canção, “Behind These Walls”, Madeleine começa a ter alguns flashes e lembrar-se vagamente de alguns acontecimentos dessa comunhão e fica se perguntando o que acontece atrás desses muros do convento.
O mistério é desvendado na faixa seguinte, “The Meetings”. O que acontece é nada mais nada menos um ritual de sacrifício de recém-nascidos que são crucificados por dois padres e quatro freiras, todos liderados por Picard. Nessa hora nos lembramos do texto em que diz que os eventos contados no álbum são verdadeiros. Sinistro...
 Seguindo, temos uma música instrumental chamada “Insinity”. Belo arranjo de violões, acompanhando um solo cheio de melodia e muito bonito. Após acompanhar a história sinistra que estávamos conhecendo, essa música serve para aliviar a tensão da descoberta que tivemos ao saber dos bebês e da crucificação. Também prepara o ouvinte para o desfecho da história. Todos os que participavam dos rituais foram presos, é o que conta “1642 Imprisonment”. O solo no final dessa música é o mais fantástico do disco. Madeleine Bavent, agora presa, sente-se mais livre libertando-se do inferno que era sua vida.

O disco encerra com “The Curse” que tem o objetivo de fechar a história dizendo que o poder do “Olho” vai sempre continuar. Como na primeira faixa a pessoa estava voltando ao passado, podemos dizer que agora ela está retornando ao presente e assim acaba a história.

Ouça o disco: King Diamond - The Eye

Texto por: Fernando Bueno

Stryper


Local: California, U.S.A.
Gênero: Heavy Metal / Hard Rock
Formação: Michael Sweet (Vocals, Guitars), Timothy Gaines (Bass), Robert Sweet (Drums), Oz Fox
(Guitars)
Período: 1980 - 1983, 1992, 2003 - Present